Vocação – Deus nos chama, para vivermos na radicalidade do amor. Somos chamadas a ser discípulas e missionárias e como resposta à esse convite aderimos ao Projeto de Jesus Cristo. Como símbolo de nossa Consagração, como Irmã Canisiana, usamos uma Cruz com quatro lados iguais que para nós significa: à mesma medida que amamos a Deus, devemos amar o próximo. Se você deseja descobrir sua vocação e encontrar o caminho que Deus toca em seu coração, estamos aqui para te ajudar nessa jornada.
Tudo a Jesus por Maria! Se você quer saber mais sobre a nossa Congregação e/ou fazer um acompanhamento vocacional:
Carismas são dons inspirados aos Fundadores pelo Espírito Santo e devem estar a serviço da comunidade e permanentemente abertos às novas exigências da vida e aos sinais dos tempos para poderem ser úteis à Igreja e à missão de cada Instituto.
O CARISMA de nossa Congregação é a vivência do espírito da Família de Nazaré (cf.Lc 2,51-52), que tem como característica uma confiança inabalável em Deus, uma profunda fé vivida na simplicidade (cf.Lc 2,7;16-19), na alegria e na disponibilidade para com os irmãos, de modo especial aos empobrecidos, e no acolhimento aos que nos procuram.
NOSSO CARISMA: Anunciar a Boa Nova no espírito de simplicidade, alegria e disponibilidade da Família de Nazaré.
O símbolo das Irmãs de São Pedro Canísio é a Cruz grega.
Em Jesus Cristo a Cruz tornou-se símbolo da Redenção, sinal perfeito e doação do amor de Deus por nós e do amor do Filho encarnado pelo Pai. A Cruz que nós Irmãs de São Pedro Canísio usamos é Cruz Grega, tem os quatro lados iguais. Simbolizando que devemos amar a Cristo e aos nossos irmãos e irmãs na mesma dimensão, com que Ele nos ama. A Cruz nos desperta para a realidade do Amor e Amor gratuito que nos salva a todo instante.
A Vida Espiritual é prioridade e essência da Vida Consagrada. Ela ocupa o primeiro lugar no programa das Famílias de Vida Consagrada. A Nossa Espiritualidade tem como fundamento a vivência do espírito da Família de Nazaré, configurada com a imagem da Trindade.
Nesta comunhão somos introduzidas pelo Espírito de amor, que também é vínculo da comunhão do Pai com o Filho (VC,42). Através das palavras de nosso Fundador, podemos definir a espiritualidade de Nossa Congregação como:
São Pedro Kanis, Canísio na forma latinizada do seu sobrenome, uma figura muito importante no século XVI católico. Nasceu a 8 de Maio de 1521 em Nimega, na Holanda. O seu pai era burgomestre da cidade. Quando era estudante na Universidade de Colónia, frequentou os monges cartuxos de santa Bárbara, um centro propulsor de vida católica, e outros homens piedosos que cultivavam a espiritualidade da chamada devotio moderna. Entrou na Companhia de Jesus a 8 de Maio de 1543 em Mogúncia (Renânia-Palatinado), depois de ter seguido um curso de exercícios espirituais sob a guia do beato Pedro Favre, Petrus Faber, um dos primeiros companheiros de Santo Inácio de Loyola. Ordenado sacerdote em Junho de 1546 em Colónia, já no ano seguinte como teólogo do Bispo de Augsburgo, o cardeal Otto Truchsess von Waldburg, esteve presente no Concílio de Trento, onde colaborou com dois coirmãos, Diogo Laínez e Afonso Salmerón.
Em 2 de Setembro de 1548, visitou o Papa Paulo III em Castel Gandolfo e depois foi à Basílica de São Pedro para rezar. Aí implorou a ajuda dos grandes Santos Apóstolos Pedro e Paulo, que dessem eficácia permanente à Bênção apostólica para o seu grande destino, para a sua nova missão. No seu diário, anotou algumas palavras desta prece. Diz: “Ali senti que uma grande consolação e a presença da graça me eram concedidas por meio de tais intercessores [Pedro e Paulo]. Eles confirmavam a minha missão na Alemanha e pareciam transmitir-me, como apóstolo da Alemanha, o apoio da sua benevolência. Vós sabeis, Senhor, de quantos modos e quantas vezes nesse mesmo dia me confiastes a Alemanha, pela qual depois eu continuaria a ser solícito, pela qual desejaria viver e morrer”.
Temos que ter presente o facto de que estamos no tempo da Reforma luterana, no momento em que a fé católica nos países de língua germânica, diante do fascínio da Reforma, parecia definhar. Era quase impossível a tarefa de Canísio, encarregado de revitalizar, de renovar a fé católica nos países germânicos. Só era possível em virtude da oração. Só era possível a partir do centro, ou seja, de uma profunda amizade pessoal com Jesus Cristo; amizade com Cristo no seu Corpo, a Igreja, que deve nutrir-se da Eucaristia, sua presença real.
Continuando a missão recebida de Inácio e do Papa Paulo III, Canísio partiu para a Alemanha e sobretudo para o Ducado da Baviera, que por vários anos foi o lugar do seu ministério. Como decano, reitor e vice-chanceler da Universidade de Ingolstadt, cuidou da vida académica da Instituição e da reforma religiosa e moral do povo. Em Viena, onde por um breve período foi administrador da Diocese, desempenhou o ministério pastoral nos hospitais e nas prisões, tanto na cidade como no campo, e preparou a publicação do seu Catecismo. Em 1556 fundou o Colégio de Praga e, até 1569, foi o primeiro superior da província jesuíta da Alemanha superior
Em 1580 retirou-se em Friburgo, na Suíça, dedicando-se inteiramente à pregação e à composição das suas obras, e ali faleceu em 21 de Dezembro de 1597. Beatificado pelo beato Pio IX em 1864, foi proclamado segundo Apóstolo da Alemanha pelo Papa Leão XIII em 1897, e pelo Papa Pio XI canonizado e proclamado Doutor da Igreja em 1925.
São Pedro Canísio transcorreu boa parte da sua vida em contacto com as pessoas socialmente mais importantes da sua época e exerceu uma influência especial com os seus escritos. Foi editor das obras completas de são Cirilo de Alexandria e de são Leão Magno, das Cartas de são Jerónimo e das Orações de são Nicolau de Flüe. Publicou livros de devoção em várias línguas, biografias de alguns santos suíços e muitos textos de homilética. Mas os seus escritos mais divulgados foram os três Catecismos, compostos de 1555 a 1558.
O primeiro Catecismo destinava-se aos estudantes capazes de entender noções elementares de teologia; o segundo, aos jovens do povo para uma primeira instrução religiosa; o terceiro, aos jovens com uma formação escolar a nível de escolas secundárias e superiores. A doutrina católica era exposta com perguntas e respostas, brevemente, em termos bíblicos, com muita clareza e sem comentários polémicos. Só durante a sua vida houve 200 edições deste Catecismo! E sucederam-se centenas de edições até ao século XX. Assim na Alemanha, ainda na geração do meu pai, as pessoas chamavam o Catecismo simplesmente o Canísio: foi deveras o Catequista da Alemanha, formou a fé de pessoas durante séculos.
Autor: Bento XVI
Fonte: Vaticano